O Projeto de Extensão Teatro nas Escolas está vinculado ao Curso de Teatro - Licenciatura da Universidade Federal de Pelotas e tem por objetivos: estimular o desenvolvimento da criatividade e ampliação do imaginário na criança e adolescente através do contato direto com jogos e exercícios teatrais e promover a prática no ensino de teatro aos acadêmicos envolvidos.

Coordenação
: Prof.ª Fabiane Tejada da Silveira; Profª Vanessa Caldeira Leite.


Bolsistas: Acadêmicos Dionata Lopes;
Andrea Guerreiro; Ingrid Duarte

domingo, 4 de julho de 2010

Reflexões sobre o projeto por Lídia Rosenhein

Há um projeto de Extensão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), chamado “Teatro nas Escolas”. O projeto foi idealizado e implementado no ano de 1999, tento como objetivo estimular o desenvolvimento da arte teatral no contexto escolar.

A coordenação do projeto está a cargo da professora doutoranda Fabiane Tejada da Silveira, autora da dissertação “O jogo teatral na construção de sujeitos”, a qual indico e por diversas vezes nesse espaço me referirei, pois faz parte da minha construção como arte-educadora.

Integro esse projeto desde que ingressei no curso de Licenciatura em Teatro, onde tenho obtido experiência neste prazeroso ofício de dar aulas.

Com este projeto, estive em 2008 na Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora de Lourdes com o trabalho “Teatro-fórum”, apresentado no oitavo Poder Escolar, tento como referencial o diretor de teatro, dramaturgo, ensaísta brasileiro e autor Augusto Boal, que até aquele momento era desconhecido para mim, o qual me encanta hoje.

Logo a experiência naquela escola proporcionou-me conhecimento sobre obras de Augusto Boal e pude praticar, com a turma a qual estava aplicando oficinas e jogos teatrais sugeridos por este autor, em sua obra “Teatro do Oprimido”.

Juntamente com meu colega, Dionata Lopes, acadêmico do curso de Licenciatura em Teatro, estamos, atualmente, desenvolvendo o projeto na Escola Estadual Pres Castelo Branco, no município de Capão do Leão.

È uma experiência bem diferente da primeira escola em que atuei. Nesta escola o espaço físico é limitado. Muitas vezes temos que chegar com bastante antecedência para preparar a sala de aula, afastando as mesas e cadeiras para abrir espaço para as práticas teatrais propostas.

Trabalhamos com uma turma de primeiros anos do Ensino Médio, porém essa dificuldade não tem afetado na qualidade de nossas oficinas. A escola e os estudantes nos receberam com muito carinho, o que torna nosso trabalho cada dia mais prazeroso.

Realizamos no dia 08 de junho de 2010, uma performance chamada “sombras”,com esses estudantes apresentada no Post anterior, o jogo proposto era da seguinte maneira:

Os jogadores sairiam as ruas da cidade vestidos de roupas neutras com acessórios e maquiagens exagerados que chamassem atenção. A partir desse momento eles só poderiam comunicar-se através do corpo, sem fala, e deveriam seguir como sombras as pessoas que transitassem pela cidade.Levando em consideração cada detalhe da pessoa seguida.
O objetivo deste jogo era trabalhar com os estudantes, corpo e concentração.

Percebemos que essa atividade atingiu o objetivo proposto, pois a turma apresentava uma dificuldade considerável de concentração, e no processo deste jogo, os estudantes atingiram um nível gradativamente significativo de concentração, para menos de um mês de trabalho nesta escola.

Essa oportunidade que o projeto nos oferece de experimentar, obter e observar os resultados imediatos é excelente!
È como ver a teoria se materializando!
È como ler uma história e sentir-se um personagem dela!