O Projeto de Extensão Teatro nas Escolas está vinculado ao Curso de Teatro - Licenciatura da Universidade Federal de Pelotas e tem por objetivos: estimular o desenvolvimento da criatividade e ampliação do imaginário na criança e adolescente através do contato direto com jogos e exercícios teatrais e promover a prática no ensino de teatro aos acadêmicos envolvidos.

Coordenação
: Prof.ª Fabiane Tejada da Silveira; Profª Vanessa Caldeira Leite.


Bolsistas: Acadêmicos Dionata Lopes;
Andrea Guerreiro; Ingrid Duarte

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Grupo Oscarito: A Evolução





Objetivos da oficina:
A oficina tem por objetivo estimular a criatividade e espontaneidade dos alunos. Ao realizarem os jogos de improvisação eles têm que pensar rápido em uma solução ou em uma resposta, assim sem perceberem eles acabam sendo espontâneos e criativos.

Outro fator importante é a questão da comunicação. Alunos que fazem teatro tendem a ser mais comunicativos e a se expressarem melhor.

Formar espectadores de teatro. Espera-se que ao final da oficina, os alunos participantes passem a ir mais vezes ao teatro e que sejam espectadores mais críticos. Com os aprendizados que tiveram durante o ano  já são capazes de saber o que é bom e o que é ruim. Já conseguem assistir a uma peça de teatro e dizer, não apenas se gostou ou não, porem do que gostou e do que não gostou. O que poderia ser melhorado ou então como foi a interpretação dos atores,...

Conteúdos trabalhados:
  • Improvisação
  • Interpretação
  • Adaptação de texto
  • Encenação
  • Presença de palco
  • Expressão corporal
  • Trabalho em grupo
  • Critica teatral

Avaliação final:
No início do ano letivo de 2011, comecei a ministrar oficinas teatrais na escola Joaquim Duval. Já havia tido um contato com o grupo de teatro da escola no fim do ano de 2010, quando comecei a participar do processo de montagem da minha colega de faculdade Dagma (professora da escola), como assistente de direção. Porém, neste ano tive a minha primeira experiência de dar aula sozinha.
Nas primeiras oficinas dava somente jogos teatrais e improvisações, mas o meu objetivo era fazer com que os alunos compreendessem mais o universo teatral, que aprendessem como se faz uma peça, que soubessem algumas técnicas teatrais, que aprendessem o que é ser um ator, um diretor, um cenário, um figurino. Aos poucos, além dos jogos teatrais, comecei a introduzir algum texto como base para as improvisações. Pedi a eles que começassem a pensar em um cenário e um figurino.   Fui dando dicas de presença de palco, de projeção de voz,... E naturalmente eles foram aprendendo, tanto que começaram a ensinar para os novos alunos que chegavam no grupo.
Com o tempo eles começaram a trazer sugestões de jogos, de peças para montagem. Foram também fazendo adaptações de texto e escrevendo algumas cenas de autoria deles. Uma das meninas me pediu um dia para propor o aquecimento, eu deixei, claro.
Quase sempre quando eu chegava na escola eles já estavam no auditório (local onde acontece as oficinas) jogando o “transformer” que é o jogo preferido deles ou discutindo alguma cena, passando o texto.
Porém, agora que já estávamos chegando ao fim do ano e queríamos mostrar algum trabalho, os alunos entraram em discordância. Acho que por estarem tão envolvidos com o trabalho, todos pesquisavam textos e figurinos para a peça e quando chegava a hora de ensaiar, claro, cada um tinha um idéia diferente e ninguém queria ceder. Então, não saíamos do mesmo ponto e eles decidiram que não queriam montar mais aquela peça, mas já não tínhamos mais tempo de pesquisar outra coisa para montar até o fim do ano.
Então, a Dagma sugeriu que todos participassem da montagem de Medéia, como auxiliares de direção e no que mais fosse preciso como iluminação, sonorização, maquiagem, enfim todo o trabalho de bastidores. Eles aceitaram ficar fora do palco, até porque sabiam que tinham feito coisa errada. Em um trabalho de grupo não se pode pensar no individual. Se a idéia do colega é melhor que a minha tenho que aceitar, pois é melhor para a peça e para o grupo.
Apesar de todas as dificuldades que surgiram na escola durante o ano, da escola não dar o apoio necessário, de enfrentarmos problemas de sala suja e desorganizada, foi muito produtivo tanto para mim, quando para os alunos participar das oficinas.

O projeto Teatro nas Escolas me proporcionou um contato com as salas de aula antes do estagio, o que é ótimo, pois quando estiver no estagio já vou ter alguma experiência e não será tão difícil. Além disso, é maravilhoso poder levar o teatro, essa arte tão linda que esta sendo esquecida, para as escolas. Durante toda a minha vida escolar passei por três escolas e nenhuma delas tinha teatro, dança ou música e eu sentia muita falta disso. Então, acho importante que se tenha alguma arte na escola, não de forma obrigatória, mas que esteja disponível para quem se interessar.

Ândrea Guerreiro Fonseca.

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